É
difícil explicar a dor dos dias. O desemprego vai minando a autoconfiança e a
alegria de viver. Desde que fiquei desempregada à séria, do trabalho de tantos
anos, só consegui trabalhos temporários. Primeiro consegui um contrato de 6
meses. O que foi excelente, apesar da dor de cabeça que era encher o depósito do
carro, tal eram os quilometros que fazia.
Agora lá vão surgindo uns trabalhos temporários. Às vezes, fazendo as
contas mais vale não trabalhar, porque com recibos verdes, vai tudo em impostos
e segurança social. Sabendo que estou a trabalhar para aquecer, ainda assim, não recuso um
trabalho. Sempre e ainda a acreditar que vai correr bem, que vou brilhar e que
me vão voltar a chamar, de modo a que um dia isto se componha.
De tão triste que são os dias... nem vontade tenho, de ir ver o mar.
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