domingo, 10 de março de 2013

Gripe A



Lembro-me de quando nos alertaram a todos por causa da pandemia de Gripe A. Era necessário tomar precauções especiais. A começar, pelo supermercado. No carrinho de compras era necessário colocar máscaras e álcool em gel. Sem estes dois elementos, sempre à mão era o fim do mundo.
Depois, em todo o lado havia plano de contingência. Nas escolas foram criadas salas especiais e isoladas para o caso de surgirem suspeitas. Houve formação especial para funcionários e professores. O termómetro passou a ser melhor amigo e tinha de haver um, em cada piso. Foi assim, em todo o lado – nos hospitais os sujeitos tinham tratamento prioritário e, em todo o lado, mas em todo o lado mesmo, diziam-nos para lavar as mãos e explicavam como o devíamos fazer.
Depois foi o pânico com a falta de vacinas, que não chegavam para todos… e blá blá …

Depois disso, parece que as vacinas foram para o lixo.

E, aqui estamos.

Dez de março de 2013 – centro hospitalar xxxxxxxxxxxx – “É gripe A, sem dúvida. Anda aí que é uma loucura. Se tiver crianças em casa é mais preocupante. // Mas, doutora, agora nem se fala nisso. E se transmito à família? // Já transmitiu. Nada a fazer. Falou-se quando não havia razões para alarme e gastaram-se fortunas quando era desnecessário …. agora… é assim.”

Ah, já confirmei - de um a sete dias de incubação. 

Veremos!

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